Este semestre, estou professora da disciplina "Prática de Ensino 2", no curso de música da UFMS. Somos poucos professores e por razões (justas ou não), que não vale a pena citar, "sobrou p'ra mim". A princípio, resisti. Minha área de interesse e atuação é a prática musical e o ensino dela. Gosto de dizer, com orgulho, que faço música na prática (o que muitos colegas, que abraçaram a lide acadêmica, infelizmente, deixaram de fazer). Sou professora também, por opção. Gosto de ensinar o que faço e o que conheço profundamente: voz, canto, técnica vocal, interpretação de repertório, etc. Apesar de ser licenciada, me dediquei muito mais à prática interpretativa do canto erudito. Por isso, voltar aos conteúdos de Educação Musical, foi "um parto". Mas, tudo na vida tem um lado bom e temos que aprender a encontrar a "bênção" em todas as situações... Depois de espernear" um pouco - "mãos à obra" - comecei a ler sobre o assunto, para preparar aulas. Encontrei muito material interessante, que tem me levado a refletir sobre este tema.
Tenho discutido com os alunos sobre a dificuldade de conciliar o interesse em ser um músico prático e a necessidade (pessoal e social) de ser professor. A maioria deles, quer "tocar". Buscam o Curso de Licenciatura em Música da UFMS, por ser o único curso superior de música no estado. Mas, poucos mostram interesse real na área do ensino musical.
Me indentifico com este conflito, porque eu mesma já passei por ele e concilio as duas coisas até hoje. Percebo que hoje me realizo ensinando, quase tanto quanto cantando. O contato com os alunos, o seu interesse, curiosidade e busca pelo conhecimento me contagiam e empolgam. Por isso, me sinto bem no ambiente universitário. Aliás, optei pelo ensino universitário, porque achei ser ideal para conciliar a prática musical (através da extensão) com o ensino. Não é tão fácil assim... mas vamos tentando.
Quanto aos alunos, querendo ou não e compreendendo isto agora, ou não, terão de enfrentar a realidade do ensino musical. Seja na escola pública, atendendo à nova demanda criada pela lei que traz a música de volta ao ensino fundamental, ou nas escolas particulares, eles serão professores. No Brasil, poucos são os músicos que podem dedicar-se somente à performance. A maioria dá aulas, nem que seja apenas para ajudar a pagar as contas. Alguns alunos são "sonhadores" mais acirrados e dizem que não darão aulas de jeito nenhum! Só vão tocar... Acho lindo os sonhadores e torço para que eles estudem tanto e se tornem músicos tão bons, que possam realizar este sonho. Mas, torço também para que alguns deles se apaixonem pelo ensino. E que ensinar venha a ser não só o seu sonho, mas a sua realização. Sem deixar de fazer música na prática, ensinem outros a tocar e cantar. Estes serão, na minha opinião, os melhores professores de música.
Quanto aos alunos, querendo ou não e compreendendo isto agora, ou não, terão de enfrentar a realidade do ensino musical. Seja na escola pública, atendendo à nova demanda criada pela lei que traz a música de volta ao ensino fundamental, ou nas escolas particulares, eles serão professores. No Brasil, poucos são os músicos que podem dedicar-se somente à performance. A maioria dá aulas, nem que seja apenas para ajudar a pagar as contas. Alguns alunos são "sonhadores" mais acirrados e dizem que não darão aulas de jeito nenhum! Só vão tocar... Acho lindo os sonhadores e torço para que eles estudem tanto e se tornem músicos tão bons, que possam realizar este sonho. Mas, torço também para que alguns deles se apaixonem pelo ensino. E que ensinar venha a ser não só o seu sonho, mas a sua realização. Sem deixar de fazer música na prática, ensinem outros a tocar e cantar. Estes serão, na minha opinião, os melhores professores de música.