Malú Mestrinho

Apresentação

Olá!
Este é meu blog pessoal.

Aqui pretendo comentar sobre coisas que vi, ouvi e vivi.
Gosto de escrever e às vezes sinto um impulso de compartilhar... Como não sei exatamento com quem, resolvi criar este espaço e deixar que pessoas acessem e leiam quando quiserem.
Pretendo também escrever e trocar idéias sobre a arte do canto. Mais especificamente do canto que interpreta a música chamada erudita.

Malú Mestrinho
(em julho/2010)


quarta-feira, 6 de março de 2013

Gente que canta comigo...

Vi de relance uma foto em meu álbum do Facebook que não reconheci.
Cliquei para ver a foto melhor. Eram alunos meus cantando...
Olhei em redor e quase todas as fotos eram de gente cantando.
Alunos cantando, colegas cantando ou tocando comigo, "Marias Bonitas" cantando comigo... Eu cantando com outras pessoas. Duos, grupos, coros...
Gostei de me ver entre meus alunos, cantando com eles.
Percebi que as outras fotos, que não são de gente cantando, são da minha família.
Vi, então, que quando não estou em família, estou com pessoas que cantam comigo, tocam comigo, fazem música comigo. E fiquei feliz. Me senti aconchegada...
É que de certa maneira, estou sempre em família. Quando não na família do sangue, estou com a família do canto. Que é tambem minha família.
E comecei a fazer relações: os cantores que cantam comigo, são como meus irmãos. Os alunos, como meus filhos. E os instrumentistas, meus primos... rs.
Gente que canta comigo e eu com eles. Achei fantástica a descoberta!
Claro que nem sempre são muito próximos os que comigo cantam. Há graus de intimidade. Mas na família também os há...
Cantar une as pessoas. Gosto de perceber este vínculo se formando, crescendo, se intensificando ao longo do tempo.
Com os alunos, por exemplo. Não sou muito fácil no primeiro contato, confesso... rs. Nas primeiras aulas me olham quase com medo. Alguns confessam isso. Mas, a distância vai diminuindo à medida que nos conhecemos melhor. Quando ele começa a cantar e experimentar o canto que nossas aulas (nosso convívio) produz, passa a sair da sala sorrindo. Aquele sorriso esmaga o medo...  a relação muda, cresce. O canto, numa dimensão não paupável, invisível, nos liga. Quando cantamos juntos então! Ah, aí a relação se consolida. Somos unidos cantando.
No último recital dos meus alunos, me despedi de uma aluna, que se formou, cantando com ela. Aquele momento foi muito significativo. Lembro agora dela, não por acaso, exatamente no início das aulas. Cara de quem não está entendendo muito (ou nada...), desconfiada, muita tensão. O tempo passou e isso mudou. Cantamos muito juntas no Grupo Vocal Maria Bonita. Hoje somos amigas.

Agora, bom mesmo, é cantar com a família! Onde o vínculo é musical e de amor. Cantei com meus filhos recentemente. Inesquecível... Minha família sempre canta. Coisa de crente... Graças a Deus. Bom demais!

Enfim, percebi hoje que estou sempre com gente cantando... Gente que canta. E entendi que isso é bom. Me faz feliz.