Quero o canto livre
Quero o canto verdadeiro
Quero cantar com sinceridade
E repartir meu canto com quem precisa e quer ouvir
Quero viver o que canto
Quero cantar o que vivo (*)
Quero o meu canto limpo
Mesmo que não seja perfeito
Perfeito será no céu, quando a alma liberta cantará o canto novo e eterno
Quero o canto suave,
Como o murmúrio das águas ao pé do salgueiro (da canção de Fauré)
Como o murmúrio das águas ao pé do salgueiro (da canção de Fauré)
Que nunca ouvi com o ouvido
Mas canto, ouvindo no coração
Quero o canto dos pássaros invadindo o meu dia
E me chamando a cantar
Quero cantar com emoção
Mas quero cantar sem chorar
Quero que meu canto seja instrumento da música que há em meu peito
Quero cantar com força
Enquanto força tiver
Quero cantar baixinho uma canção de ninar
Que faça acalmar o choro da criança angustiada
Quero o canto da paz
Quero o canto da alegria
Quero cantar todo dia
A canção do amor e da vida
Quero o canto simples
Que seja entendido por todos
Que meu canto seja sempre mensagem ao coração
Quero cantar com verdade e com sensibilidade
Quero cantar sem pudor
Quero cantar com ousadia
Quero cantar com prazer
E embora, às vezes, seja triste a canção
Quero nunca faltar ao exercício de cantar
Quero que minha alma cante
Mesmo que a voz me falte
Quero que o canto me seja interno, eterno e real
Fazendo parte de mim como se minha vida fosse
Quero cantar com amigos em coro
Quero cantar sozinha
Quero cantar hoje
Quero cantar sempre
Que eu cante, ó DEUS, o Teu canto
Embora não seja digna, que cantes em mim
Que sejas minha voz, meu ar, minha canção
(*) citação deliberada de João Alexandre, em "Viver e cantar".
(*) citação deliberada de João Alexandre, em "Viver e cantar".